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Contratos Empresariais: o que são e por que são fundamentais para o seu negócio

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No ambiente empresarial, onde decisões são tomadas com rapidez e os riscos fazem parte da rotina, os contratos empresariais cumprem papel essencial: formalizar acordos, prevenir conflitos e garantir segurança jurídica nas relações comerciais.

Mais do que um simples documento, o contrato é uma ferramenta estratégica, que protege interesses, define obrigações e contribui para a estabilidade dos negócios, inclusive, realizando a alocação dos riscos do negócio — especialmente em um cenário cada vez mais digital, competitivo e dinâmico.

Os contratos empresariais são instrumentos jurídicos que regulam relações comerciais entre empresas ou empresários. A diferença para os contratos civis está no foco econômico e negocial: aqui, as partes atuam com autonomia, equilíbrio técnico e econômico, e com intenção de lucro.

Exemplos comuns:

  • Compra e venda entre empresas
  • Prestação de serviços especializados
  • Franquias e licenciamento de marcas
  • Contratos de distribuição ou representação comercial

Os contratos empresariais se diferenciam dos contratos de consumo especialmente quanto a natureza das partes:

Contrato EmpresarialContrato de Consumo
Empresário x EmpresárioFornecedor x Consumidor
Partes atuam em igualdadeUma parte é hipossuficiente
Não se aplica o CDCRege-se pelo Código de Defesa do Consumidor

Exemplo prático:

  • Uma empresa contrata outra para fornecer plano de saúde ocupacional → Contrato empresarial
  • Pessoa física contrata plano de saúde para uso pessoal → Relação de consumo

São alguns exemplos de contratos empresariais:

1. Compra e venda 

O contrato de compra e venda, via de regra regido pelo art. 481 do Código Civil é muito utilizado na comercialização de mercadorias entre empresas. É importante lembrar que cada contrato possui sua especificidade, mas para os contratos no âmbito empresarial, assim como realizar uma due diligence cuidadosa, são alguns exemplos de cláusulas importantes:

  • Reserva de domínio
  • Condição de venda a contento
  • Retrovenda
  • Direito de preferência

2. Contratos de colaboração

São várias as normas e instrumentos jurídicos para que empresas que buscam colaborações, por meio de parcerias estratégicas para expansão comercial e sem vínculo societário, regulamentem e formalizem seus negócios, e são alguns modelos comuns usados para essas finalidades:

  • Representação comercial
  • Distribuição
  • Licenciamento
  • Franquia

E, nesse sentido, os contratos de franquias, regulamentados pela Lei nº 13.966/2019, permite ao franqueado operar com a marca, know-how e modelo de negócio do franqueador, possuindo como principais características a transferência de tecnologia e suporte, padrões operacionais, mediante remuneração periódica (exemplo royalties e tarifas).

Contudo, independentemente da forma ou negócio, é imperioso que haja uma correta redação contratual, especialmente porque um contrato mal estruturado e uma negociação mal planejada podem gerar uma grave insegurança jurídica, prejuízos financeiros, litígios e comprometimento da imagem da empresa.

Além disso, a interpretação correta da legislação vigente é essencial na elaboração de contratos, bem como detalhes como prazos, condições, garantias e penalidades precisam estar tecnicamente bem definidos. Portanto, os contratos empresariais não são apenas formalidades, mas consistem em pilares jurídicos que sustentam relações comerciais sólidas, previsíveis e seguras.

Assim, contar com respaldo jurídico especializado é essencial para a segurança e efetividade das decisões estratégicas da sua empresa.

@galradv

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