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Atraso no 13º Salário: O Que Fazer e Quais Direitos Você Pode Exigir

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O 13º salário é um direito garantido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), previsto no artigo 7º, inciso VIII, da Constituição Federal, e regulamentado pela Lei nº 4.090/62. Trata-se de uma gratificação natalina devida a todo empregado com vínculo formal, cujo objetivo é assegurar uma remuneração adicional ao final do ano, funcionando como um reforço financeiro importante para os trabalhadores brasileiros.

O pagamento do 13º salário deve seguir critérios legais rígidos, tanto em relação ao valor quanto aos prazos estipulados. Quando esse pagamento é feito fora do prazo ou de maneira incompleta, há consequências jurídicas para o empregador e garantias legais que podem ser acionadas pelo trabalhador. Por isso, compreender os direitos envolvidos e saber como agir diante do atraso é essencial para proteger o próprio patrimônio e exigir o cumprimento da legislação trabalhista.

Neste artigo, preparado pelo time da GALR Advogados, vamos explicar de forma clara e objetiva o que fazer em caso de atraso no pagamento do 13º salário, quais os direitos assegurados ao trabalhador, e quais providências podem ser tomadas para garantir a reparação adequada.

O que é o 13º salário?

O 13º salário, também conhecido como gratificação natalina, é um direito trabalhista assegurado pela Lei nº 4.090/62 e regulamentado posteriormente pela Lei nº 4.749/65. Trata-se de uma obrigação legal imposta ao empregador, que deve efetuar o pagamento dessa gratificação a todo trabalhador com vínculo formal regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A finalidade do 13º é oferecer um reforço financeiro ao empregado ao final do ano, em razão das despesas típicas do período e do reconhecimento pelos serviços prestados ao longo dos meses.

O valor do 13º salário é proporcional ao tempo de serviço prestado no ano em questão. O cálculo é simples: corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração integral do trabalhador por mês trabalhado. Assim, quem trabalhou durante os 12 meses do ano tem direito ao valor equivalente a um salário mensal completo, acrescido dos reflexos que compõem a remuneração, como adicionais fixos, médias de comissões e horas extras habituais.

O pagamento do 13º salário é realizado em duas parcelas obrigatórias:

  • Primeira parcela: deve ser paga entre 1º de fevereiro e 30 de novembro, equivalente a 50% do valor total do benefício.
  • Segunda parcela: deve ser quitada até o dia 20 de dezembro, sendo o valor correspondente à segunda metade do 13º, descontado o INSS e o Imposto de Renda, quando aplicável.

É fundamental que o empregador observe esses prazos e critérios legais para evitar autuações, reclamações trabalhistas e o pagamento de penalidades. O atraso ou o não pagamento do 13º salário configura infração trabalhista e pode ser questionado judicialmente.

A GALR Advogados acompanha com atenção a legislação e a jurisprudência sobre o tema, oferecendo suporte técnico-jurídico para trabalhadores que enfrentam esse tipo de irregularidade, bem como orientação preventiva a empresas que desejam manter sua conformidade legal.

O que fazer se o 13º salário atrasar?

O atraso no pagamento do 13º salário configura uma infração à legislação trabalhista e pode gerar consequências significativas para o empregador, além de abrir caminhos para que o trabalhador exerça plenamente seus direitos. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e outras normas complementares garantem mecanismos de proteção ao empregado em casos como esse.

Um dos principais direitos do trabalhador em caso de atraso no pagamento do 13º salário é o recebimento em dobro do valor devido. Essa penalidade está prevista por analogia ao artigo 459 da CLT, que trata dos prazos de pagamento da remuneração. A jurisprudência tem reconhecido que, quando o empregador descumpre os prazos legais sem justificativa plausível, o trabalhador pode reivindicar o pagamento dobrado.

Além disso, o valor devido deve ser acrescido de juros e correção monetária, conforme estabelecido pelas normas da Justiça do Trabalho. Esses acréscimos visam reparar a perda do poder de compra e o prejuízo causado pelo não pagamento no prazo legal.

Caso o empregador não regularize a situação de forma espontânea, o trabalhador tem o direito de recorrer ao Poder Judiciário. A ação trabalhista pode ser ajuizada no prazo de até dois anos após o término do contrato de trabalho, conforme o artigo 11 da CLT. É importante destacar que, mesmo sem o encerramento do vínculo empregatício, o trabalhador pode buscar judicialmente os valores em atraso, sem a necessidade de aguardar a rescisão contratual.

A equipe da GALR Advogados está preparada para orientar trabalhadores em situações de descumprimento das obrigações trabalhistas, atuando com segurança técnica e foco na reparação dos direitos lesados. Se você não recebeu o 13º salário ou teve o pagamento feito fora do prazo, é essencial buscar orientação jurídica para garantir o que lhe é devido.

Consequências do atraso no 13º salário

O não cumprimento dos prazos legais para o pagamento do 13º salário acarreta consequências jurídicas sérias para o empregador, tanto na esfera administrativa quanto judicial. O descumprimento da obrigação prevista na Lei nº 4.090/62 e regulamentada pela Lei nº 4.749/65 é considerado infração trabalhista e pode gerar sanções imediatas.

Uma das penalidades previstas é a multa administrativa aplicada pelo Ministério do Trabalho, por meio da fiscalização trabalhista. A empresa que deixa de pagar o 13º salário dentro dos prazos estipulados pode ser autuada e multada por infração aos direitos trabalhistas, com valores atualizados conforme os critérios estabelecidos pela legislação vigente e agravantes em caso de reincidência.

Além disso, o trabalhador prejudicado pode buscar judicialmente o reconhecimento do valor em atraso como uma dívida trabalhista, passível de execução com acréscimos legais. Em determinadas situações, é possível pleitear que o valor seja descontado diretamente no próximo pagamento salarial, o que deve ser analisado caso a caso, especialmente quando o vínculo empregatício se mantém ativo.

O atraso no 13º também pode impactar negativamente a imagem da empresa e comprometer seu ambiente interno, prejudicando a relação de confiança entre empregador e empregado. Para o trabalhador, conhecer essas consequências é fundamental para saber como proceder diante de um descumprimento.

A GALR Advogados orienta tanto trabalhadores quanto empresas sobre os riscos e desdobramentos legais do não pagamento do 13º salário. Atuamos de forma estratégica na defesa dos direitos trabalhistas, garantindo que obrigações legais sejam respeitadas e prejuízos, devidamente reparados.

Dicas para evitar problemas com o 13º salário

Embora o 13º salário seja um direito assegurado por lei, é fundamental que o próprio trabalhador adote medidas preventivas para evitar transtornos futuros e garantir que o benefício seja recebido corretamente. Acompanhar os prazos e manter o controle da documentação são atitudes simples, mas que fazem diferença em caso de irregularidades.

A primeira recomendação é acompanhar os prazos legais de pagamento: a primeira parcela deve ser paga entre 1º de fevereiro e 30 de novembro, e a segunda até 20 de dezembro. Ficar atento a essas datas permite agir com rapidez caso o pagamento não ocorra como previsto, evitando a perda de prazos para eventuais reclamações ou denúncias.

Outra medida essencial é guardar os comprovantes de pagamento, como contracheques e extratos bancários. Esses documentos são provas fundamentais em qualquer procedimento administrativo ou judicial, especialmente quando há divergência de valores ou atraso no repasse da gratificação.

Por fim, tentar resolver a situação diretamente com o empregador pode ser uma solução eficaz em muitos casos. A comunicação transparente, especialmente por escrito, pode evitar conflitos e permitir a regularização espontânea. Caso não haja retorno ou solução, o ideal é buscar orientação jurídica para resguardar seus direitos sem abrir mão da segurança jurídica.

Na GALR Advogados, orientamos nossos clientes a manter uma postura ativa e preventiva em relação aos seus direitos trabalhistas. Contar com apoio jurídico especializado desde os primeiros sinais de irregularidade pode fazer toda a diferença no desfecho da situação.

Conclusão

O 13º salário é mais do que uma gratificação: trata-se de um direito fundamental do trabalhador, previsto em lei e protegido pela legislação trabalhista. Seu pagamento pontual é uma obrigação do empregador e o descumprimento dessa obrigação pode gerar sanções administrativas, consequências judiciais e prejuízos reais à vida financeira do empregado.

Diante de qualquer irregularidade no pagamento — seja atraso, valor incorreto ou não recebimento — é essencial que o trabalhador não permaneça inerte. Buscar orientação jurídica qualificada é o caminho mais seguro para garantir que a legislação seja cumprida e que todos os valores devidos sejam efetivamente recebidos.

Se você está enfrentando problemas relacionados ao pagamento do 13º salário ou deseja saber como proteger seus direitos trabalhistas, entre em contato com a equipe da GALR Advogados. Atuamos com rigor técnico, atenção ao detalhe e comprometimento com a defesa dos direitos dos nossos clientes.

Fale conosco agora mesmo e agende uma consulta com um dos nossos especialistas. Estamos prontos para te ajudar.

@galradv

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